13 de fev. de 2015

Eita vida...

            As pessoas passam a vida tentando encontrar a felicidade. Que felicidade?
            Não sei se morri para a vida ou descobrir o caminho da felicidade, só sei que nada mais me chateia. Quando descobri que eu não preciso ficar tentando mudar a opinião de ninguém, que basta que me ausente (essa coisa de compatibilidade), me tornei mais feliz.
            Na verdade, quando parei de me importar com a atitude alheia, essa coisa de querer mudar o mundo, tudo mudou para melhor. Isso não significa que mudei minhas opiniões -em algumas questões-, apenas que a opinião dos outros não me incomoda mais.
            Sabe, durante um tempo eu me irritava porque me diziam que gostar de Legião é coisa de drogado, afinal de contas, eu não sou nenhuma drogada, mas se fosse? E daí? Sei lá! Percebi que não me tornaria uma drogada porque pessoas pensam que gostar de Legião é coisa de drogado. Então, o que fazer, provar que não é verdade isso? Claro que não. Continuo curtido Legião e sendo muito feliz. Afinal, os incomodados que se retirem, rsrsrsrsr.
             Sou espírita, pelo menos tento ser porque isso não é uma coisa fácil. Seguir uma Doutrina que te diz o que tu precisa ouvir, que te diz de forma firme e ao mesmo tempo com amor "tu é o culpado dos teus revés, plantaste, agora colha" é árduo no princípio. Depois de muita autorreflexão, autorreconhecimento, aprendemos e até nos acostumamos com as consequências. Acho que para mim a pior parte foi admitir meu egoísmo, meu orgulho e arrogância, foi entender o verdadeiro sentido da humildade.
            Naturalmente, sou espírita então creio em Deus. Mas não nesse "deus" colocado pelos homens, que castiga, que julga, porque esse contradiz o livre-arbítrio, o processo da reencarnação e a lógica do "planta, colhe". Aliás, essa parte de plantar e colher me é bem interessante. Por exemplo: sou fumante há mais ou menos vinte anos, daqui a pouco descubro que desenvolvi um câncer no pulmão e vou ficar revoltada porque me julgo uma pessoa boa e não merecia uma doença dessas?! Caramba! Durante vinte anos, fumando vinte, trinta cigarros por dia, queria o que?
             Mas voltando ao assunto de Deus, creio que Ele nos ama, que quer que O amemos e tudo mais, mas acredito que sem interferir em nossas escolhas. Nossas dores nada tem a ver com castigos de Deus, mas com decisões mal escolhidas. Acho que Ele fica lá, esperando que reconhecemos nossos erros e aprendemos com eles, até o dia que aprenderemos todas as lições e não mais erraremos e então nos arrependeremos e voltaremos para Ele -tipo "filho pródigo".
             Então, chega desse assunto. Vamos voltar para a felicidade. Penso que a felicidade está ligada a forma como nos comportamos em relação às outras pessoas, quanto mais negativo nosso sentimento em relação aos outros, menos felizes somos; quanto mais positivo, mais feliz. Simples assim. Acho que passamos muito tempo querendo que as pessoas nos compreendam, nos respeitem e assim acabamos por exigir dos outros algo que não temos para dar e isso causa infelicidade. O mundo é cheio de regras inúteis que não servem para nada e desde que minhas escolhas não machuquem ninguém, eu faço minhas próprias regras.
             Eu sou feliz porque sou feliz. Nasci, cresci, fui errando e aprendendo, mas não que "devo valorizar somente quem me valoriza também", aprendendo que não só é "meu amigo de verdade aquele que está sempre ao meu lado" ou coisa assim. Explico agora: aprendi que tenho que controlar minha raiva, aprendi que na maioria das vezes um gesto de amor vale mais que tudo, que minha arrogância, meu egoísmo ou até minha autopiedade machucam as pessoas, aprendi que não há motivos para desespero, tudo passa, aprendi que o respeito, a tolerância e a compreensão tem que partir de mim para os outros e não ao contrário, pois aprendi que não posso cobrar de ninguém aquilo que não tenho para dar. E isso me fez e faz feliz, feliz!

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